Vagas para motoristas nos Estados Unidos
Olá, nesta coluna irei abordar um assunto que virou polêmica essa semana: o anúncio de que os EUA terão falta de cerca de 50.000 profissionais do volante até o final do ano.
Até aí tudo bem, pois não tem muito tempo, a mídia nacional informava que o Brasil estava precisando de mais de 100.000 caminhoneiros. O problema foi como a informação foi abordada. Estamos passando por momentos difíceis em nosso país, e receber uma noticia dessas vindo dos “States”, pode ser o sonho de muitos. Porém, devemos levar em conta que não estamos preparados para ocupar essas vagas.
A falta de caminhoneiros é uma realidade vivida em todo o mundo. A nova geração não se vê mais tão interessada em viver essa vida, e o setor em geral não ajuda, dificultando ainda mais a rotina do profissional. Mas claro, comparando os mercados, sem dúvida ser motorista nos EUA é muito melhor. Contudo, não devemos ignorar o lado ruim da profissão, pressão pelo trabalho, horários apertados, solidão, estresse do trânsito, sedentarismo, entre outros. Realidade vivida por qualquer caminhoneiro, seja onde quer que esteja, e isso afasta cada vez mais as futuras gerações.
A abordagem do assunto feita pela mídia especializada foi, em sua maioria, sensacionalista e boa parte infelizmente estava mais preocupada com as visualizações do que em abordar o tema com seriedade.
Portanto, devemos ter consciência de que essa informação vinda dos Estados Unidos serve para termos uma base de como está se comportando a profissão mundo afora e não como a solução de nossos problemas. Os americanos precisam sim urgentemente preencher as vagas, mas antes, precisamos atender a diversos requisitos exigidos para estrangeiros, e muitos de nós não estão preparados.
Se não está por dentro do que é necessário para se tornar um caminhoneiro na América, peço que confira esses vídeos abaixo do Marcos, caminhoneiro brasileiro nos EUA:
Pércio Guimarães Schneider
São realidades completamente diferentes. Nos EUA, quando a economia está em alta como agora, motoristas migram para trabalhar no comércio e assim poder ter endereço fixo e ficar junto da família. Quando a economia está em baixa, com demissões e redução de postos de trabalho, migram de volta para as boleias. Não é a primeira vez que isso acontece.