Você sabe usar o freio do caminhão corretamente?
Com a graça de Deus, estamos nós por aqui novamente!
Uma das primeiras coisas que vem a nossa mente quanto vemos um caminhão é: “quantos cavalos têm?” e se ele “tem força?”. Mas, o mais importante diante da emoção nem sempre é lembrado: “será que ele para bem?”
Normalmente, um modelo tem seus freios lembrando quando são ruins. Os motoristas, ou chauffeur, como eram chamados antigamente, sofriam ao usar freios que não paravam e sim retardavam a velocidade e, praticamente precisavam parar o bruto na marcha, no freio motor, no freio estacionário, o chamado “freio montanha”, um dispositivo que travava o câmbio diretamente na engrenagem(!).
Quando os Alfa chegaram com seu super freio ( tambores e lonas com maior área de atrito), foi uma evolução. O “Arfão barriga d’água”, quando passava por reformas, recebia um upgrade com super freios. Mas, graças à evolução da engenharia, os tempos mudaram e, temos freis excelentes nos caminhões, com direito a freio disco, ABS, entre outros requintes eletrônicos, responsáveis por dar segurança na hora de parar. Mas, mesmo com toda essa tecnologia, você aproveita faz o uso correto dos freios?
Pensem comigo:
O caminhão tem o freio de serviço, o estacionário e o freio motor. Vamos tratar do freio motor, que é um excelente auxiliar nas longas descidas para poupar o freio de serviço. Entre os três tipos disponíveis, o m ais popular e de menor potência é o borboleta no escapamento. O de descompressão diretamente no cabeçote (aqui não usamos o nome Jake Brake), mas nos Estados Unidos, a Jacobs Brake Co, empresa que desenvolveu o sistema e o licenciamento a diversos fabricantes. (Clique aqui e veja o vídeo).
Já o tipo retarder/intarder, também conhecido como secundário, a Iveco disponibiliza no Hi-Way, chegando aos impressionantes 1000CV de potência disponível para frenar. Existe também o elétrico, que é instalado diretamente no eixo cardã ou mesmo em eixos livres da carreta.
E no seu pequeno caminhão você faz o uso correto do freio motor? Calma, pois eu tenho uma dica para você. Uma das regras básicas para quem não conta com freios auxiliares eficientes é usar para descer a mesma marcha que usaria para subir. No caso de freio motor tipo borboleta, use na rotação onde tem melhor eficiência (faixa amarela).
A maioria entre 2000-2400 rpm, quando o caminhão tem redução no diferencial, use a marcha simples, pois um erro pode deixar o caminhão em “neutro” mesmo engrenado. E se for necessário o uso de freio de serviço, freie por no máximo oito segundos, a fim de manter o regime do giro do motor dentro da faixa de uso, evitar aquecimento e, consequentemente, a fadiga do caminhão.
Em resumo, mais importante do que andar é saber a hora de parar.
Minha dica para os engenheiros deixarem os modelos leves ainda mais eficientes, é usar o freio motor e um de descompressão na faixa, a partir de 9 toneladas. Como aquele que já se faz presente na linha dos extrapesados.
Pra não ficar somente na leitura, fica o vídeo do meu canal sobre segurança!
Abraço e até a próxima, se Deus assim permitir!