Divergências entre os caminhoneiros
O tema pode causar preocupação, mas são ocorrências que infelizmente andam acontecendo com os caminhoneiros. Muitas coisas que circundam a rotina do caminhoneiro, devem e são questionadas por muitos, alguns quesitos carecem de grandes mudanças, enquanto outros apenas de pequenas mudanças de hábito.
Entre tantos problemas enfrentados pelos profissionais do volante, um dos que mais nos afeta é a própria atitude do motorista. Vivemos um momento de inversão de valores, onde o correto também é visto com rejeição. Digo isso porque não sou dono da verdade, porém procuro sempre e cada vez mais dar o melhor exemplo possível para a família e os colegas de trabalho, e o que me alegra é saber que não caminho sozinho: compartilho com diversos amigos o mesmo pensamento.
Engana-se quem acredita que está sozinho e ninguém está reparando em suas atitudes e ações. Infelizmente, uma parcela dos caminhoneiros enxerga de outra maneira, e formam verdadeiras legiões seguidoras dos maus exemplos. A gravidade é tamanha que quem quer viver corretamente, seguir as normas e agir sempre de maneira profissional, se torna motivo de piadas e insultos.
Chegamos ao ponto de receber apelidos conforme a atitude ao volante. Quem vive perigosamente, dirigindo de modo agressivo, não respeitando e cuidando dos veículos menores, não se preocupando com o comportamento do veiculo em curvas, não respeitando as leis de trânsito, fazendo uso de drogas e anfetaminas, dando valor ao excesso de velocidade e excesso de peso, entre outros, acabou recebendo a denominação de “Ninja”.
Do outro lado, quem não vive nada dessa realidade e tende a operar o caminhão da maneira mais eficiente e segura possível, não está apenas excluído na visão dos “ninjas”, como acabou recebendo o apelido de “cururu”.
Na internet, existe um verdadeiro movimento contra o comportamento profissional, com centenas de postagens com apologia à postura agressiva ao volante, uso de substâncias proibidas, criação de aversão ao policial e tantos outros comportamentos de risco.
A meu ver, as duas denominações são um tanto agressivas e não cabe em uma realidade cada vez mais exigente e profissional, onde o mercado pede cada vez mais pela perfeição, e o caminhoneiro que não se antenar, corre o sério risco de ficar de fora.
Entretanto, analisando as duas realidades, posso afirmar que prefiro estar do lado dos que agem corretamente, sem sombra de dúvidas! E, amigo caminhoneiro, repense suas ações, tente enxergar a verdade por trás de todas as coisas. Só assim teremos um futuro cada vez mais promissor para a categoria.
Até a próxima.
Wagner Araújo – Carreteiro e responsável pelo blog Wagner Caminhõeshttp://wagnercaminhoes.blogspot.com.br/ |