Saiba quais os problemas cercam os automóveis tradicionais e quais as alternativas de locomoção.

Você sabia que no dia 22 de setembro, é celebrado o Dia Mundial Sem Carro? Uma data para incentivar debates sobre a mobilidade urbana, além de ser um convite prático para deixar o carro na garagem e experimentar novas formas de locomoção. Neste sentido, trazemos aqui reflexões sobre o automóvel e alguns benefícios de substituí-lo por modais como bicicletas e caminhadas. 

O uso excessivo dos carros é um problema mundial nas grandes cidades: gera congestionamento, poluição e, consequentemente, problemas respiratórios. Para se ter ideia, a poluição do ar está acima do limite há 22 anos em São Paulo. Um relatório do IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente) aponta que este fato é influenciado principalmente pelas emissões veiculares, isto é, o tráfego de carros, motos, caminhões e ônibus.

Outro dado preocupante é que a OMS (Organização Mundial da Saúde), responsável por estipular os níveis de poluentes considerados aceitáveis, calcula que 7 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência da poluição do ar no mundo, sendo 300 mil na região das Américas. Entre os poluentes atmosféricos que afetam a saúde estão o material particulado, que é capaz de penetrar profundamente nos pulmões e entrar na corrente sanguínea, e o dióxido de nitrogênio, que está associado a doenças respiratórias, principalmente asma. 

Mobilidade sustentável 

Apesar de todas as questões que envolvem o uso dos veículos tradicionais, é inegável a importância do transporte em nossa vida. Os ônibus transportam milhões de pessoas diariamente. Caminhões são responsáveis por conduzir itens essenciais, como alimentos e remédios, que chegam às prateleiras dos brasileiros. Assim sendo, a discussão sobre melhorar a mobilidade urbana passa por desenvolver opções de veículos menos poluentes.

A IVECO, por exemplo, assumiu o compromisso de produzir veículos movidos a combustíveis alternativos no Brasil. Isso torna possível substituir os derivados do petróleo, como diesel e gasolina, por fontes de menor impacto ambiental. Por meio do programa Brasil Natural Power, a fabricante está lançando o modelo Hi-Way NG 6X2 600S46T movido a gás natural com 460 cv de potência e autonomia de até 500 quilômetros. 

O novo caminhão, segundo a IVECO, gera uma redução de até 95% na emissão de dióxido de carbono (CO2) e material particulado, além de ter uma operação mais silenciosa, o que contribui para a diminuição da poluição sonora. Saiba mais sobre o Natural Power aqui. 

Diversos especialistas em mobilidade apontam que, mais do que desenvolver novos veículos elétricos para uso individual, a real mudança está no desenvolvimento de locomoções ecológicas que atendam ao coletivo, sendo o caso dos caminhões e do transporte público.

A tecnologia não falta. Hoje já existem ônibus elétricos, trem movido a energia solar e até frota de trem movida a hidrogênio. A própria IVECO apresentou um protótipo de van movida a hidrogênio no Salão de Hannover, na Alemanha.  

Dicas para deixar o carro na garagem

O Dia Mundial Sem Carro foi criado por ativistas franceses em 1997. Se você nunca ouviu falar sobre o tema, não se preocupe pois não está só. Um levantamento realizado pela empresa de telefonia TIM, em 2021, apontou que, dos entrevistados, 46% desconheciam a data. Mas, agora que já sabe de sua existência e de sua relevância, confira algumas sugestões para testar formas alternativas de transporte que contribuam para um planeta mais limpo e saudável. 

Pedale

Se livrar do trânsito, melhorar o estresse e fortalecer a musculatura. Tudo isso usando um veículo que não emite poluição. Estas são algumas das vantagens de optar pelo uso da bicicleta como meio de locomoção. O grande empecilho, para muitos, ainda é a falta de infraestrutura adequada e segura para ciclistas, mas com planejamento é possível adotar a magrela no seu dia a dia:

• Antes de pedalar, confira as condições da bicicleta para garantir uma viagem sem surpresas;
• Ter luzes e reflexivos na bike são essenciais para ser visto; 
• Planeje bem sua rota. É possível usar o Google Maps;
• Busque vias alternativas: ruas menos movimentadas, por exemplo;
• Saia com antecedência ao seu compromisso para pedalar sem pressa;
• Use capacete; 
• Olhe a previsão do tempo e leve uma capa de chuva, se for o caso;
• Sinalize com os braços a mudança de direção;
• Pressione sempre os dois freios juntos, isso evita derrapagens e perda de controle;
• Mantenha distância segura da lateral dos veículos estacionados, os motoristas podem abrir as portas sem ver você;
• Mantenha velocidade compatível com a via e com o trânsito local;
• Não use celular e fones de ouvido. É lei e também é importante estar atento ao trânsito;
• Quando não houver estrutura cicloviária, circule pela rua, e pedale no mesmo sentido dos outros veículos; 
• Respeite o sinal vermelho e não pare sobre a faixa de pedestre. 

Ofereça carona

Muitos automóveis ocupam espaço nas ruas com apenas um passageiro, a carona é um jeito bem simples, eficiente e divertido de colaborar com a redução do trânsito e das emissões poluentes. Ao andar com o carro cheio, você pode fazer uma vaquinha para rachar a gasolina, o que rende uma boa economia no final do mês; você pode dar risada com as histórias dos amigos; e você terá sempre alguém para sofrer junto na hora que estiver tudo parado. 

Caminhe 

Às vezes, é preciso se questionar quantos quilômetros de distância serão necessários para chegar a um determinado destino. Quem se acostumou a andar de automóvel pode até não notar que muitos dos trajetos poderiam ser feitos simplesmente andando. Assim como a bicicleta traz o prazer de sentir o vento batendo na cara, a caminhada dá a oportunidade de observar situações e lugares com calma e que passam despercebidos dentro de um carro. 

Além disso, andar faz bem à saúde. Segundo o Instituto de Ortopedia e Saúde, caminhar é ideal para trabalhar a função cardiovascular, melhorando o nível de condicionamento físico; para ajudar na perda de peso e fortalecer os músculos; para reduzir a pressão sanguínea, os níveis de colesterol no sangue, o risco de doenças cardíacas, osteoporose, diabetes e o estresse.

Enfim, estas são apenas algumas dicas para aderir conforme a realidade de cada um. Quem vive em grandes centros urbanos, com acesso a transportes públicos, pode se surpreender em como trocar o veículo particular (ou até mesmo a corrida do aplicativo de transporte) pelo metrô ou trem é mais rápido, em diversos casos, além de mais barato. Há ainda opções que pouco a pouco estão se popularizando, como as scooters e patinetes elétricos. Seja qual for a sua escolha, o importante é estar disposto a experimentar novos meios de locomoção.