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Na Black Friday, saiba como focar em compras essenciais

Confira dicas para assumir o consumo consciente e evitar as armadilhas da data

Fala, amigo(a)! Estamos perto da Black Friday – que neste ano acontece em 25 de novembro – e os anúncios de descontos estão a todo vapor. O setor varejista está otimista com as vendas: uma pesquisa realizada pela Boa Vista revela que 44% dos empresários esperam registrar faturamento superior ao ano de 2021. Mas será que os consumidores estão dispostos a comprar e gastar mais? Saber priorizar o que realmente importa é uma maneira de evitar as armadilhas do consumo excessivo. 

Nos Estados Unidos, a empresa REI – uma das maiores varejistas de equipamentos para atividades ao ar livre – anunciou que fechará suas lojas no dia da Black Friday e incentivará seus funcionários a passar o tempo fora de casa, em vez de fazer compras. Mesmo os pedidos on-line não serão processados ??até o dia seguinte. Outras marcas nos EUA, país onde de fato surgiu a data, estão seguindo o mesmo caminho. 

O boicote à Black Friday é uma tendência que vai ao encontro do consumo consciente, cuja premissa é questionar quais recursos naturais foram exigidos para o desenvolvimento de um novo produto, quais impactos podem gerar e qual a real necessidade de adquiri-lo. 

Mas, como consumir é viver, já diria Paulinho da Viola, grande intérprete da música brasileira, o que é preciso salientar é que as compras precisam ser bem pensadas. No caso da Black Friday, o ideal é fazer uma lista dos itens que você realmente precisa. Dessa forma, você pesquisa e, de fato, se houver um bom desconto, é possível aproveitá-lo sem peso na consciência. 

Um exercício interessante para auxiliá-lo nessa tarefa é pensar o quanto você trabalha para, por exemplo, trocar o celular por um novo modelo. Quantas horas seriam necessárias para conseguir o valor que precisa para realizar um desejo material? Outras perguntas que você pode fazer a si mesmo: eu voltaria amanhã para comprar isso? Há espaço disponível para guardar este objeto? E se ele quebrar, será fácil consertá-lo? É algo prático ou algo que exigirá mais atenção no cotidiano? 

São simples reflexões que podem ajudá-lo a rever o que vale o seu esforço diário e o que pode ser deixado de lado! O consumo pela simples satisfação momentânea não faz bem nem para você, nem para o planeta. 

Outra dica interessante foi dada por David DeSteno, professor de psicologia na Universidade de Northeastern (EUA). Segundo ele, quem se sente grato com mais frequência tende a ter mais autocontrole. Ou seja, fazer um exercício diário de gratidão pelas pequenas coisas do dia a dia tem total influência nas decisões cotidianas, sendo um mecanismo eficaz para viver melhor.

Dicas para não cair em pegadinhas

O Instituto Akatu, que é referência quando o assunto é consumo consciente, ressalta que resistir a uma compra desnecessária é poupar recursos naturais que seriam gastos na produção desse item e evitar a emissão de gases poluentes durante a fabricação, transporte e armazenamento de um produto. A ONG dá três dicas importantes para não cair em armadilhas comuns desta época: resista aos cupons de desconto, tome cuidado com os algoritmos e use a “lei do merecimento” com itens saudáveis e sustentáveis. Vamos detalhar cada um desses pontos a seguir: 

Sobre os cupons, o artifício é fazer com que o consumidor aja pela emoção. São formas de desconto com prazo limitado e, por isso, induzem à compra por impulso. 

“Em vez de comprar, você pode fazer uma troca, reutilizar ou pegar emprestado. Peças compartilhadas e alugadas estimulam uma economia mais circular e geralmente têm um preço menor se comparados a peças novas. Se possível, dê preferência aos objetos de segunda mão”, indica o Akatu.

Já sobre os famosos algoritmos, a questão é que é comum realizar pesquisas na internet para saber se o item de desejo está na promoção. A partir de um ingênuo clique, as propagandas sobre tal produto passam a “perseguir” você em todas as redes on-line, inclusive incentivando a compra de outros itens semelhantes. Uma forma de evitar essa situação é abrir a aba em modo anônimo.  

O Akatu também incentiva que as pessoas cuidem bem de aparelhos eletrônicos, por exemplo, para estender a vida útil e, quem sabe, até consertá-lo. “Se realmente for necessário comprar algo novo, uma boa dica é vender o aparelho antigo, oferecer em feiras de trocas ou doá-lo”, diz o instituto. 

Por fim, a “lei do merecimento” é quase implacável. Se mesmo após ler todas essas dicas você acredita que merece se presentear, foque menos nos bens materiais e mais em experiências. 

Priorize o que faz você feliz

Segundo o pesquisador Dr. Thomas Gilovich, professor de psicologia na Universidade de Cornell (EUA), os bens materiais dão uma sensação momentânea de felicidade, enquanto as experiências, como viagens, shows e passeios, acabam se tornando parte da pessoa e rendem lembranças e laços que duram por toda a vida.

Outra razão para a felicidade é o fato de as experiências compartilhadas ajudarem a conectar as pessoas. Mesmo depois dos momentos juntos, as recordações e intimidade continuam a existir por muito tempo.

Por fim, quando for fazer uma compra, pesquise se a marca ou empresa atua com transparência e responsabilidade socioambiental. Assim você contribui positivamente. 

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